terça-feira, 12 de julho de 2011

O "peso" do Estado - continuação

Estes ultimos dias eu resolví olhar com outros olhos algumas notícias recentes que envolvem o nosso Estado.
Primeiro fiquei incomodado com o BNDES querendo bancar a fusão do Carrefour com o Pão de Açúcar. Lamentável que o BNDES esteja sendo usado para financiar a juros baixos empresas que tem total condição de recorrer ao mercado financeiro para tal fim. BNDES quer dizer Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Porque desenvolver o que já está "desenvolvido"? Ou alguém considera que o Pão de Açúcar é alguma empresinha de fundo de quintal que precisa de salvamento porque ainda não está completamente desenvolvida?
Porque o dinheiro de "todos" tem que beneficiar tão poucos?
Afinal, o dinheiro do BNDES vem dos impostos que todos nós pagamos. Eu como sócio do BNDES digo que não. O Pão de Açúcar que se vire. O Diniz que venda aqueles helicopteros super caros e os carros de luxo dele e banque a tal junção. Fácil de fazer negócio quando o risco quem corre são os outros. Que siga o exemplo dos 3 mosqueteiros (os donos da AmBev, Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann), que tem ética e não usam dinheiro público para enriquecer.
Outra notícia chocante foi de que ninguém, nenhuma empresa brasileira topou fazer o tal trem bala. Ao menos não sem que o Estado (eu e você, bobão!!) "empreste" mais dinheiro ou aceite condições melhores para que estas empresas não corram risco. Mas peraí. Acho que somos um país capitalista, no qual o risco do capital está implícito no desenho da sociedade. Então estamos virando uma sociedade socialista onde temos alguns "porcos mais iguais que outros"? Um capitalismo que socializa os prejuízos e privatiza os lucros?
Precisamos acabar com os tais "porcos mais iguais"!!

Para quem não sabe o porque da frase, no livro "A revolução dos bichos" de George Orwell, há uma revolução na fazenda e os bichos assumem o controle. Para variar, os porcos assumem o comando da fazenda e começam a se outorgar alguns "benefícios". Até que eles são questionados: porque de vossas regalias? afinal, não somos todos iguais? Resposta: somos, mas alguns de nós são mais iguais que outros.

Então, acho que ando me sentindo meio "burro" neste universo de "porcos". Precisamos mudar isto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário